
Como se pode ler no “Sol”: “Blogs, vídeos na Internet, Youtube, já não são o futuro. Já não basta produzir, de cima para baixo, propaganda. O cidadão está preparado para mais. E a Internet permite uma relação em dois sentidos”. A acrescentar a isto, ainda temos o uso do Flickr, Facebook, hi5 e Twitter.
Esta mudança, ainda segundo o “Sol”, decorreu do uso insistente da Web 2.0, como no caso da utilização do site de partilha de vídeos YouTube: “Um grande protagonista da campanha, não só pelo seu envolvimento na transmissão dos debates, em parceria com a CNN, mas também por ter sido palco do nascimento de algumas personagens, como a Obama Girl, que criou um vídeo e uma canção em honra do candidato democrata”.
Portugal: sistema político pouco receptivo à interacção da Internet
Não obstante, como escreveu o “Público
O “Jornal de Notícias” fez um trabalho sobre o assunto e, mesmo com três actos eleitorais em 2009, os partidos ainda não têm nada definido.
O CDS/PP, através do seu secretário-geral, João Almeida, defende que “Em Portugal não há ainda grande utilização das redes sociais” e que “é perfeitamente natural que no ano eleitoral, em 2009, se reforce a estratégia da Internet, mas isso implica ter uma capacidade que permita uma produção não apenas esporádica”.
Emídio Guerreiro, responsável do PSD, reconhece também que não há ainda uma estratégia decidida para o ano eleitoral de 2009: “Ainda é muito cedo para iniciativas concretas. Mas conhecemos as soluções, que estão a ser testadas; a Net vai ser uma das apostas do partido”.
No BE, há a mesma vontade vaga: “Vamos criar estruturas para tentar envolver as pessoas através dos meios online” (Jorge Costa).
O PS não respondeu às questões colocadas pelo jornal, enquanto que o PCP sustenta que o assunto ainda está em discussão (Vasco Cardoso).
Obama: a Internet que promove, também pode destituír?
Decerto que esta aposta de Obama se tornará num case study. O próprio terá que contar nas suas políticas com a fiscalização de quem participou e contribuiu activamente para a sua eleição. E que, decerto, estará atento para cobrar promessas não cumpridas… Uma situação a acompanhar durante o mandato.